Romances tolos de romancistas tolas, George Eliot, pseudónimo de Mary Ann Evans (1819-1880) é um ensaio publicado pela escritora, editora e tradutora inglesa. Nele, George fala de da febre que estava acontecendo de livros / romances baratos, cheio de clichês e histórias rasas e vazias. História estas que parece que foram escritos como uma receita de bolo, uma igual a outra. Ela cita alguns trechos e cenas de como foram escritos, por exemplo: “...em um festival de flores, e ficam fascinados”, “em uma cavalgada, e ficam enfeitiçados por suas nobres habilidades equestres”, “na igreja, e ficam abismados com a solenidade doce de sua postura”. Cita também as características das heroínas, é bem interessante como ela fala: “Seus olhos e sua perspicácia são ambos fascinantes; seu nariz e sua moral são, da mesma forma livre de qualquer tendência a irregularidade, sua voz de contralto e seu intelecto são soberbos; ela é perfeitamente elegante e perfeitamente religiosa; dança como um silfo e lê a Bíblia em seus idiomas originais”. Todavia com todas essas qualidades, estas características elas não conseguem evitar seus erros que geram sofrimento, por exemplo: casa com a pessoa errada e nisto faz ela sofrer, também acontece de haver intrigas de homens que em algum momento ela dispensou ou disse não. Mas acontece reviravoltas e ela acaba saindo feliz com a morte do homem que ela escolheu errada em um duelo com o príncipe encantado que veio lhe salvar. Citando também os “romances evangélicos” que como a mesma receita vem trazendo as mesmas repetidas lições de moral de sempre, com apenas algumas mudanças como em lugar de citações de filósofos e poetas, citam então versículos bíblicos – a grande Escritura Sagrada. Defendendo em seu texto escritoras que batiam de frente com homens da época como Elizabeth Gaskel e Currer Bell. Por qual motivo escritoras faziam textos tão tolos? Para trazer uma renda a mais para a família? Sustentar a casa pois não há mais o homem provedor? Para comprar um presente para o pobre pai? Ou apenas por tédio de longas horas sem uma atividade edificante?


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